Descrição: Quando falamos de James Bond no mundo dos jogos, o que vem primeiro à mente é o clássico da Rare, Goldeneye, que provavelmente foi o único jogo a fazer jus ao nome do agente britânico até hoje. Agora vem a parte que muitos vão me chamar de louco: o FPS lançado para o N64, mesmo divertido e competente para a época, falhava em capturar realmente a essência do agente 007, que não se limita a apenas andar na surdina com uma arma em mãos.
Em Everything or Nothing, novo jogo da franquia Bond, parece que a EA finalmente (sabemos o quanto que ela tentou) acertou em cheio, juntando todos os ingredientes que tornaram o agente britânico o mais famoso do mundo. Apesar de não ser baseado na série de filmes, o game fez uso das vozes e rostos de todos os velhos conhecidos do cinema, como, por exemplo, o brutamonte com dentes de ferro, Jaws.
A história também é fiel aos padrões Bond. O ator William Dafoe dá vida ao vilão, um ex-KGB de nome Nikolai Diavolo, que planeja usar a famosa nanotecnologia – máquina microscópica capaz de controlar computadores à distância – para dominar o mundo e, claro, o trabalho de Bond é impedir o vilão.
A maioria da ação em Everything or Nothing consiste no tiroteio em terceira pessoa que, dessa vez, apresenta um sistema parecido com Kill Switch da Namco, no qual devemos nos esconder e atirar nos inimigos. Um botão serve para dar lock on nos infelizes. A partir daí, pode ser usado o analógico direito para mirar com mais precisão na exata parte do corpo que se deseja. Os inimigos, assim que descobrem sua presença, também se escondem e, de uma hora ou outra, põe suas cabeças para fora para ver como está a ação. Essa hora, como você já deve imaginar, é perfeita para o ataque.
Head Shots, graças ao fácil sistema de mira do jogo, são constantes e conseguem dar conta de pelo menos 85% dos malfeitores do game só com o uso eles. Já os 15% restantes requerem mais atenção e é preciso abusar de socos, jogadas, torções ou, para aqueles que preferirem uma jogatina mais Splinter Cell, aproximar-se como um fantasma pelas costas do inimigo, quebrando seu pescoço.
Boa parte dessa nova versão também passa atrás dos volantes. A maioria das missões com carros segue o estilo já adotado por Driver e GTA, que consiste em um jogo lhe dar um destino e você tem de se virar com a rota. Os carros são variados e contam com todo o arsenal Bond que conhecemos: lança mísseis, metralhadoras, minas e até a mais recente camuflagem que deixa o carro invisível a olho nu.
Uma das coisas que não podem passar despercebidas são os Bond Moments, exclusivos de Everything or Nothing. Cada fase em geral possui alguns Bond Moments que podem ser acionados de acordo com suas ações. Esses variam tanto em gênero quanto grau e, às vezes, podem ser saltos alucinantes com o carro, em slow motion, ou até passar um tempinho a sós com uma das garotas do jogo, em uma cutscene que não aparece normalmente.
Para aqueles que, quando falamos de 007, só lembram de multiplayer, Everything or Nothing não decepciona e conta com o modo Cooperative para vencer os desafios de cada fase, tanto a pé quanto a bordo de um dos carros do jogo, e o modo Arena, um contra o outro. Os dois modos podem ser jogados tanto em tela dividida quanto em rede e ambos funcionam perfeitamente bem. Vale lembrar que jogando on-line é necessário o uso do headset , pois a conversa com seu companheiro é imprescindível no cumprimento dos objetivos.
Finalmente, passando para os gráficos, 007: Everything or Nothing facilmente é o melhor dos já lançados. A modelagem dos personagens capturou basicamente toda a essência dos atores – Pierce Brosnan nunca esteve tão real em sua versão poligonal. As texturas são vivas e detalhadas, isto até na versão PS2 do jogo que sempre se espera algumas pequenas falhas a mais. O jogo roda sem queda no frame rate, com exceção de em algumas cutcenes in-game, como, por exemplo, a que Bond atravessa uma cachoeira com seu carro.
Já sobre as vozes, acho difícil ter algo para reclamar. Os atores fizeram um excelente trabalho e há momentos em que você praticamente vai esquecer que Everything or Nothing é o game e não um dos filmes da série. A música tema, cantada pela cantora Mya, também cai como uma luva e só adiciona mais emoção em estar jogando um filme original do agente 007. E, finalmente, os efeitos sonoros do jogo são soberbos, dignos do cinema; explosões, tiros, vidros quebrando, o motor dos carros, tudo está lá sem tirar nem por e soam tão reais como se estivessem acontecendo em sua rua.
Tudo isso faz de Everythig or Nothing um grande jogo, talvez o melhor jogo da série 007 já lançado. O game cumpre um excelente trabalho em unir vários tipos de jogabilidades em uma só história. Nunca antes também em um jogo havia-se capturado tanto o sentimento James Bond, que algumas versões anteriores simplesmente esqueciam ou só o adicionavam em cutscenes. Se você alguma vez já desejou passar um dia na pele do agente 007, pode acreditar que Everything or Nothing é o mais perto que pode chegar para realizar esse desejo.
Informações:
Ano de Lançamento: 2004
Idioma: Inglês
Formato: .ISO
Padrão: NTSC
Mídia: DVD
Mediafire:
SFV:
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